Ao levantar diante de mim o céu azul com aqueles pequenos pedaços de algodão, o sol reluzindo e compondo as cores desse lado de cá. Seria um dia lindo, se não fosse...
Espremo os olhos em choque e ponho os rotineiros óculos escuros. As milhares de sinapses concluem o tom áspero do novo dia, cólera em mim.
Levei a boca chocolate com o intuito de amenizar tal sensação, as respostas foram nulas. O vício e a vontade de fumar me rodiavam, mas parei para minha infelicidade. Depois de doses quentes concluo que o que me resta é proclamar merda ao mundo para amenizar esse silêncio íntimo. É uma necessidade de palavras, versos ou o que for para instigar esse corpo cansado, mas não há ninguém e recusei todos os poetas e livros da minha estante. Quando saio de casa, sigo meu solitário caminho, os olhares esporram o prazer nunca atingido, olhares que me perseguem.
Manhãs lascivas, o que faria eu sem elas? Nessa solidão repleta de multidões, conversas, olhares, sentimentos...
A ácidez da manhã paira...escrever palavras desconexas para em nenhum lugar chegar...Sempre essas conquistas de nada ecoando na minha massa encefalica, por isso coloco-as aqui para que talvez nesse mundo incógnito de verdades vãs tenham alguma utilidade.
Na língua de loucos médicos de pilulas mágicas convertidas em receitas para salvar dias infelizes, e alcançar a sonhada normalidade, meras maquiagens impostas, seria eu bipolar (??) Se não me agrada....porque teria de fingir que? Prefiro ter o gosto de chorar.
ME CALAR!? ora já se viu! NUNCA! E essa cura que me ronda, para livrar-me dos dias infelizes, das imprevisibilidades....
Nessa manhã chamada noite antecedida pelo crepúsculo e suas cores aqui estou, querendo fugir para noites remotas de exageros, pensamentos, luar, vertigens, sonhos...para acordar novamente com o céu azul-cinza e esperar anciosamente o pôr-do-sol, o dia se desfazendo em doses de melodia doce e ligeira ou em delirios sem cura.
Felizes são aqueles que entram em colisão com o próprio corpo, que dão voz ao corpo, e vão indo, esvaindo....
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quinta-feira, abril 22, 2010
sábado, março 20, 2010
quarta-feira, março 03, 2010
Bittersweet [2]
De tudo isso o que ficou foram lágrimas, que escorreram densas, deixando seu rastro salgado e raçoso.
De todas as palavras repetitivas, que dissiparam-se uma a uma, o que restou foram alguns cacos espalhados pelo chão, fitando-me, já quase sem vida.
Todas as verdades, íntimas, que me afrontam por tamanha insensatez, me irritam só em pronunciar.
A raiva foi o prelúdio da desventura do estar. Nesse encontro de nós dois, único, que dispensa descrições e firulas, nos revela a natureza sólida de cada um, escorrendo líquida em palavras rudes boca a fora num tom intenso e fatal, de êfemeras verdades, sim aquelas completamente sem sentido para os outros.
Até quando aguentaremos o peso de tortuosas palavras que dilaceram e abrem feridas que sabemos que nunca fecharão? Como aquelas persistentes, rotineiras, que me acompanham pra onde quer que eu vá, que eu olhe.
Continuará a apontar erros, defeitos cortantes, com tal olhar sádico. E depois de negar todos os toques irá dormir com o peso jogado todo, no outro, seguido pelo silêncio e todos meus ensaios sobre tal que reduzem-se a meus papéizinhos aqui descritos, calam por dizer...o silêncio dói intimamente.
Tudo isso escolhido minuciosamente após a síntese de repúdio inflamado em nosso corpos feridos. O passado pesa, o futuro já não sei se basta. O caminho trilhado conduziu-me ao erro das escolhas indevidas, das permissões não sugeridas, adquiridas e das palavras imutáveis, profundas.
A vontade tange o sexo levando a desejos crônicos e incuráveis que conduzem meus passos nessa corda bamba aonde seguirei de olhos vendados guiada pelos ventos do oeste que embarassam meu cabelo, assim como esse músculo cardíaco involuntário.
Os poemas cospem o tamanho da minha estupidez, na qual insisto, explicam por desexplicar.
A melodia do instante resume toda essa merda, insistente que denominamos monogâmia, desconhecidos íntimos, refletidos em si mesmo, tentando a todo custo não reconhecer, para tentar mais uma vez recomeçar pela milésima vez.
'É com tal coragem que você me repudia?'
De todas as palavras repetitivas, que dissiparam-se uma a uma, o que restou foram alguns cacos espalhados pelo chão, fitando-me, já quase sem vida.
Todas as verdades, íntimas, que me afrontam por tamanha insensatez, me irritam só em pronunciar.
A raiva foi o prelúdio da desventura do estar. Nesse encontro de nós dois, único, que dispensa descrições e firulas, nos revela a natureza sólida de cada um, escorrendo líquida em palavras rudes boca a fora num tom intenso e fatal, de êfemeras verdades, sim aquelas completamente sem sentido para os outros.
Até quando aguentaremos o peso de tortuosas palavras que dilaceram e abrem feridas que sabemos que nunca fecharão? Como aquelas persistentes, rotineiras, que me acompanham pra onde quer que eu vá, que eu olhe.
Continuará a apontar erros, defeitos cortantes, com tal olhar sádico. E depois de negar todos os toques irá dormir com o peso jogado todo, no outro, seguido pelo silêncio e todos meus ensaios sobre tal que reduzem-se a meus papéizinhos aqui descritos, calam por dizer...o silêncio dói intimamente.
Tudo isso escolhido minuciosamente após a síntese de repúdio inflamado em nosso corpos feridos. O passado pesa, o futuro já não sei se basta. O caminho trilhado conduziu-me ao erro das escolhas indevidas, das permissões não sugeridas, adquiridas e das palavras imutáveis, profundas.
A vontade tange o sexo levando a desejos crônicos e incuráveis que conduzem meus passos nessa corda bamba aonde seguirei de olhos vendados guiada pelos ventos do oeste que embarassam meu cabelo, assim como esse músculo cardíaco involuntário.
Os poemas cospem o tamanho da minha estupidez, na qual insisto, explicam por desexplicar.
A melodia do instante resume toda essa merda, insistente que denominamos monogâmia, desconhecidos íntimos, refletidos em si mesmo, tentando a todo custo não reconhecer, para tentar mais uma vez recomeçar pela milésima vez.
'É com tal coragem que você me repudia?'
quarta-feira, janeiro 13, 2010
2:20 am
Quantos cigarros acendi para tentar esquecer tua ausência?
Pulsas em mim a cada vão momento, a cada lembrança presente, a cada trago desesperado que desperdicei, me sujando por ti, apenas para anestesiar a ausência dos seus traços, do calor do seu corpo e daquele sorriso doce, secreto, que você tem apenas para mim. Saudade é mesmo como fome, já dizia lispector em nossas longas conversas, por mais que se tenha...nunca é o suficiente...sou insaciável de toques, olhares, sussurros, pecado encarnado em mim.
Quero desprender-me, flutuar na fluidez das trivialidades, percorrer caminhos desconhecidos, aproveitar o Sol de verão tangendo as flores no quintal, observar as núvens de algodão movimentarem-se no fundo azul, ouvir a chuva cair, degustar o canto matinal dos passarinhos...mas nada é belo sem sua presença persistente, quero, desejo, a todo segundo. Deixo transparecer no silêncio de minhas palavras, me contentando com o lamento dos meus papeizinhos, revivendo os momentos únicos que escorreram imperceptíveis, revendo nossas fotos úmidas, mofadas pelas horas, num suspiro...O tempo é mesmo impronunciável, que perpetue nossos momentos pela eternidade, vagando pelos segundos, para que sempre que quisermos possamos reviver os melhores momentos, as melhores lembranças, nossos, detalhes.
Somos repertório nosso, melodia doce, calor, desejo, propagando o que nos é comum, inertes, entre notas musicais...
Pulsas em mim a cada vão momento, a cada lembrança presente, a cada trago desesperado que desperdicei, me sujando por ti, apenas para anestesiar a ausência dos seus traços, do calor do seu corpo e daquele sorriso doce, secreto, que você tem apenas para mim. Saudade é mesmo como fome, já dizia lispector em nossas longas conversas, por mais que se tenha...nunca é o suficiente...sou insaciável de toques, olhares, sussurros, pecado encarnado em mim.
Quero desprender-me, flutuar na fluidez das trivialidades, percorrer caminhos desconhecidos, aproveitar o Sol de verão tangendo as flores no quintal, observar as núvens de algodão movimentarem-se no fundo azul, ouvir a chuva cair, degustar o canto matinal dos passarinhos...mas nada é belo sem sua presença persistente, quero, desejo, a todo segundo. Deixo transparecer no silêncio de minhas palavras, me contentando com o lamento dos meus papeizinhos, revivendo os momentos únicos que escorreram imperceptíveis, revendo nossas fotos úmidas, mofadas pelas horas, num suspiro...O tempo é mesmo impronunciável, que perpetue nossos momentos pela eternidade, vagando pelos segundos, para que sempre que quisermos possamos reviver os melhores momentos, as melhores lembranças, nossos, detalhes.
Somos repertório nosso, melodia doce, calor, desejo, propagando o que nos é comum, inertes, entre notas musicais...
sexta-feira, dezembro 25, 2009
epitáfio do momento
Decreta-se duvidoso o momento em que pensas que sou a mesma a todo tempo. Envolve-te em infelizes disfarces repetitivos, falsos, porém de natureza própria, refletidos em vícios explícitos num vago brilho no olhar. Só, em infinitos abismos penetrantes que dilaceram por querer ser outra-coisa, meros devaneios de uma mente orgulhosa.
Sabes muito bem da melodia do momento e dos acontecimentos que modificam-se a cada segundo encaixando a sincronia perfeita do futuro, esse montado por nós e não outros, onde não há volta e os segundos não permanecem, passam, mesmo que tentes forjar tuas falas, figurino e atos..
Depois das feridas que abristes saciei-me com as cicatrizes deixadas por ti: de tom profundo e meloncólico. Deixei de querer fixar-te aqui, pois teu segredo é ser outro quando precisas, anônimo e desconhecido, permanecendo na corda bamba do insante, numa reta sinuosa do tempo, de parto natural banhado a sangue num maldito rastro em que digo sim.
Nada tenho nesse tudo que envolve o momento, este esboçado pelos atos. Não é previsível o retrato do amanhã que está prestes a ser rasgado em pedacinhos ou ser vulto eterno de sonho que se sonha só.
Por isso contorno minhas derrotas, desconhecendo esse alguém que pintastes em mim nesse entranhado do estar, não, ser. Quero mais do que nunca desconectar, rir de teus pateticos atos como rio dos meus, numa viajem qualquer.
A nostalgia é minha neurose, de tudo que fomos, de tudo que iriamos ser e dos pedaços que ficaram pelo caminho, isso só pode ser coisa de quem gosta das cicatrizes que me fizestes, não de quem renova vícios de gosto impregnado ou da mesmisse da tua melodia, do outro eu que te tornastes sem que pudesse perceber, sem saber em que lugar comecei a me perder de ti.
O espelho está refletido nessa noite escura, susto num brilho caótico e intenso, física quantica, obra maldita da guerra contra o inimigo conhecido.
O instante não pode ser capturado, apenas esquecido, num silêncio, pairando nos segundos do tempo, jogado ao vento....
Sabes muito bem da melodia do momento e dos acontecimentos que modificam-se a cada segundo encaixando a sincronia perfeita do futuro, esse montado por nós e não outros, onde não há volta e os segundos não permanecem, passam, mesmo que tentes forjar tuas falas, figurino e atos..
Depois das feridas que abristes saciei-me com as cicatrizes deixadas por ti: de tom profundo e meloncólico. Deixei de querer fixar-te aqui, pois teu segredo é ser outro quando precisas, anônimo e desconhecido, permanecendo na corda bamba do insante, numa reta sinuosa do tempo, de parto natural banhado a sangue num maldito rastro em que digo sim.
Nada tenho nesse tudo que envolve o momento, este esboçado pelos atos. Não é previsível o retrato do amanhã que está prestes a ser rasgado em pedacinhos ou ser vulto eterno de sonho que se sonha só.
Por isso contorno minhas derrotas, desconhecendo esse alguém que pintastes em mim nesse entranhado do estar, não, ser. Quero mais do que nunca desconectar, rir de teus pateticos atos como rio dos meus, numa viajem qualquer.
A nostalgia é minha neurose, de tudo que fomos, de tudo que iriamos ser e dos pedaços que ficaram pelo caminho, isso só pode ser coisa de quem gosta das cicatrizes que me fizestes, não de quem renova vícios de gosto impregnado ou da mesmisse da tua melodia, do outro eu que te tornastes sem que pudesse perceber, sem saber em que lugar comecei a me perder de ti.
O espelho está refletido nessa noite escura, susto num brilho caótico e intenso, física quantica, obra maldita da guerra contra o inimigo conhecido.
O instante não pode ser capturado, apenas esquecido, num silêncio, pairando nos segundos do tempo, jogado ao vento....
quarta-feira, outubro 21, 2009
Adorno de vulgaridades, minhas.

Muniu-se daquilo que tinha ao alcance das mãos e subiu ligeiramente as escadas com tal intensidade que sentia seu gélido sabor na ponta dos pés descalços. Do alto pôde ver tudo aquilo que não enxergava, seria seu amparo seguir de mãos dadas consigo, no aconchego e solidão de si. Logo dona do seu próprio caminho que se abria ali diante dos seus olhos em cores fortes.
As gotas de chuva começaram a tanger seu corpo como numa melodia, foi no inconsciente que floriram os primeiros passos de dança, aqueles que vem carregados de si, prosseguiram em êxtase transcendendo tudo aquilo que queria expressar e no entando falatavam palavras. A pele arrepiada era esquentada pelo calor do músculo cardíaco que no momento pulsava em vontades de sinapses ultravelozes.
Sentiu a água escorrer, caminhou com os pés molhados deixando o rastro chuvoso que tanto significava: lembranças, sentimentos, confusões e conclusões. Ah! chuva...sempre sua companheira nos momentos mais difíceis e mais especiais, verdade seja dita!
Se embrulhou no seu cobertor nada convencional, cheio de cores e bichinhos, encolheu-se como uma criança que busca proteção, tentou apagar da imaginação qualquer coisa que desse medo ou angústia e tentou lembrar das que traziam coragem e certezas para que o momento se tornasse suportável. Porém apesar de ter tentado arduamente se perdeu em pensamentos e sentidos... Era uma luta vã contra ela mesma com uma angustiante sensação de 'erro'.
Era tudo uma questão de falta, que levava a um adeus imprudente, um caminho que por mais que tentasse não saberia dizer se realmente o trilhava.
Justo quando se acostumou com a idéia da falta de sentido, quando compreendeu que tudo não passava de uma sucessão de movimentos pelos quais as coisas se transformam, que escorrem densos e intensos, logo efêmeros. Foi que percebera que caira na prórpia armadilha novamente. Mas sentiu-se fortificada por conseguir entender tudo de tal maneira quase que: leve. Mesmo com todos os fatos, esses gritados com sólidas verdades, onde a rota não nos permite devaneios. Soube que há um sabor e cheiro de mofo, rançoso e obscuro, que nunca compreendeu e pesa: pelo tempo, pela persistência do desejo, esse insistênte, pela estabilidade, pela troca, sáliva e olhar. E nem por isso deixa/deixou de ser pra lá de duvidoso...
Procurou aquilo que poderia ser empírico: de certezas a deitar olhando o teto, desligar o despertador, sem se preocupar com o tempo que corre ou talvez algo mais profundo como hospedagens mais longas...Mas escolheu goles quentes, doses extras para esconder o peso das permissões não sugeridas porém adquiridas. Puniu-se por esse maldito lapso de falta de personalidade o qual não perdoaria, não se perdoaria por tal luxo, nem em um milhão de anos! Mesmo assim sabia que faria novamente.
Ao acordar teve a certeza incerta de que não haveria paraísos em sua caminhada: punitiva, delirante e de catástrofes contínuas. Afinal sabia que todos são compostos de água, corrente, calor e sinapses nervosas. Somos carregados de fluxos, sentimentos - esses espalhados em ventanias soltas - mudanças, confusões, vulgaridades e adornos que a escondam.
sexta-feira, agosto 07, 2009
Something about
A mente
pulsa
em lembranças
quebra-cabeça,
quebrando
cabeças
de mentes
inquietas
sem cabeça
ou pé
e a mente
ainda pulsa..
pulsa
em lembranças
quebra-cabeça,
quebrando
cabeças
de mentes
inquietas
sem cabeça
ou pé
e a mente
ainda pulsa..
sábado, agosto 01, 2009
Epitáfio de nossas quimeras

Aqui jaz nosso amor que de imenso morreu, feto tardio de metástases de dores efêmeras, conquistas de nada e incertezas nulas.
Depois de chorar pelos adeuses silênciosos, subentendidos no futuro próximo onde não há palavras para comunicar. Nos perderemos na distância. É difícil - você dirá. Eu te abraçarei com a firmeza de novos caminhos que se abrirão, na certeza de novas escolhas, na mudança de objetivos. Então seguiremos em frente sufocados desse sentimento vago e inexplicável, nostálgico, porém já anestesiados por tantas lágrimas. Enfim aprenderei depois de líquida, obscessiva em lamentos, que meu caminho é único e solitário porque só cabe o eu, que ocupa todo esse espaço no tempo. Nesse meu enredo, o caminho presente, me foi doado de graça e está a todo momento prestes a se tranformar apenas em lembranças.
sábado, abril 04, 2009
ensaio sobre o silêncio

....e a cada vão momento,
um gole pra sentir,
falar,
até mesmo gritar
palavras escritas nos meus papéizinhos,
íntimos,
que apenas me dão a maldita medida do silêncio.
...que grite esse silêncio
que a chuva rude torna sensível,
com o pingar de gotas frias...
(sou uma filosofa com um copo cheio na mão e fumaça que flui)
sexta-feira, dezembro 26, 2008
terça-feira, dezembro 23, 2008
mais devaneios
A inimiga da verdade que como todos pensam não é a mentira, não! é a convicção. Convicção trancada entre as quatro paredes de um mundo inventado. Se adéqua aos padrões rotineiros por estar acostumado, se sente bem assim ou acha que se sente bem, o pior é que acredita em todas as histórias que ouve, o mundo está cheio de histórias mal contadas.
Inteligente demais, mas não questiona o por quê das coisas, é mais cômodo achar que já tá tudo pronto e a vida é um bolo que acaba de sair do forno, quentinho,vida de ilusão. Acredita em mentiras, nas próprias e nas que ouve, a mente está lá gorda e sedentária cheia de impurezas navegando entre as veias, artérias e capilares e as outras coisas já não cabem no exercício do pensar, coisas novas então..."nem pensar!" tampa os ouvidos e amarra a cara.
Não querer ser o que foi um dia, mas só aprendemos com o que fomos e se não fossemos o que fomos um dia talvez não seriamos o que somos hoje. às vezes bloqueamos o que é ruim para não lembrar e não sofrer é válido, mas para sermos o que somos não podemos esquecer o que vivemos, é a junção de tudo. Está limitando o seu ser por medo de ser o que já é, se não gosta póde os galhos, mas esquecer é mentir para si mesmo. Não tenha medo de se revolucionar!
Não entende nada de dialética e muito menos da minha também não sabe que o que é ruim talvez seja bom e o que é bom talvez dure pouco porque acontece em um tempo de sonho, sonho bom. É preciso ter uma imaginação para sonhar ter uma porta aberta para sonhar alto mesmo sabendo que logo depois vem um tombo. Sonho a noite toda para acorda de mãos abanando, mas continuo a sonhar. Sem medo. Me ensinaram isso e agora ensino pra quem me ensinou, o ciclo, a troca, só quero me acrescentar e acrescentar nos outros, talvez essa seja minha tarefa, meu dom.
Escolha a altura do seu tombo!
segunda-feira, dezembro 22, 2008
demasiada humana
Não! não compreende, aliás não quer compreender. Fecha a porta, cadeado e entre quatro paredes acende um fósforo para diminuir o medo do escuro. Inventa coisas que conta pra si e acredita porque o que os outros contam nunca é válido, são conto de fadas, com direito a bruxas e mocinhos. Mas suas invenções não me fazem sentido, nem quero que faça, que cada um conte sua história dolorida com verdades pré-inventadas, cravadas a ferro e fogo. (como se pudesse mexer na situação, muda as coisas, meche, só vê e ouve o que convém) e as outras coisas? Enfio no bolso! Tudo é tão meu. Tudo é tão seu. Afinal mesmo que eu grite ninguém me escuta e parece que é aí que não escuta mesmo, mas eu tenho essa dolorida necessidade de gritar verdades, sou um erro. Quem me mandou errar? Somos por sermos...
As verdades continuam lá intactas, nunca mudam por não quererem mudar. são verdades oras! verdades suas, minhas, mentir algumas verdades desde que se acredite intensamente, talvez se tornem verdades verdadeiras, verdades inflexíveis, com um tom de ponto final. Mas me diga que diferença faz a verdade das verdades, se depois ainda há incompreensão súbita, gelada que nem pedra dura. O tudo que é oco em nada e continua sendo o tudo que nada é, quanto mais tudo se multiplica, mais o nada tenho como produto, irônico certamente.
Não (re)conheço mais, a imagem está embaçada, será que é verdade que o tempo embaça as coisas? Muitas vezes me vejo em você aí já não sei se estou falando do que estou falando... você ou eu ou eu e você, é uma mistura de erros e acertos e não tem pé ou cabeça, cada dia sou mais você e você mais eu, somos uma coisa difícil de entender, eu quero isso não entender, apenas sentir.
Suas escolhas continuam rígidas, escolhas que me doem por ser lunar e ele solar, ele é. mas eu também sou, e nada muda. Quero isso que nada mude. Quero que volte, mas não volta. O antes já caiu no hábito de ter, mas pra ter temos de alimentar, alimentar a beleza radiante que existe no âmago do ser. Sem beleza somos fracos e inseguros, somos tristes de tanta dor.
O fogo continua a queimar minhas vísceras, a lágrima escorre, mas não tem um colo. Eu só queria e como queria.... minha boca só sabe desejar, o desejo é o beijo, o desejo é a pele, tato no tato. Mas e se o fogo anda congelado de convicções? quem fez isso? quem mandou? dia - a - dia, sim foi o dia, o tempo, que não para de correr, e numa maratona ganhou medalha de ouro.
Não quero me acostumar com o meu mundo, o seu. Quero viver cada dia e que passe len-ta-men-te. Quero degustar esse gosto que é só seu, gosto dos dias, gosto nosso, de história bonita de contar.
Vamos brincar de amor? Como é bom brincar de ser feliz. Preciso tanto...
xú.aflordapele
As verdades continuam lá intactas, nunca mudam por não quererem mudar. são verdades oras! verdades suas, minhas, mentir algumas verdades desde que se acredite intensamente, talvez se tornem verdades verdadeiras, verdades inflexíveis, com um tom de ponto final. Mas me diga que diferença faz a verdade das verdades, se depois ainda há incompreensão súbita, gelada que nem pedra dura. O tudo que é oco em nada e continua sendo o tudo que nada é, quanto mais tudo se multiplica, mais o nada tenho como produto, irônico certamente.
Não (re)conheço mais, a imagem está embaçada, será que é verdade que o tempo embaça as coisas? Muitas vezes me vejo em você aí já não sei se estou falando do que estou falando... você ou eu ou eu e você, é uma mistura de erros e acertos e não tem pé ou cabeça, cada dia sou mais você e você mais eu, somos uma coisa difícil de entender, eu quero isso não entender, apenas sentir.
Suas escolhas continuam rígidas, escolhas que me doem por ser lunar e ele solar, ele é. mas eu também sou, e nada muda. Quero isso que nada mude. Quero que volte, mas não volta. O antes já caiu no hábito de ter, mas pra ter temos de alimentar, alimentar a beleza radiante que existe no âmago do ser. Sem beleza somos fracos e inseguros, somos tristes de tanta dor.
O fogo continua a queimar minhas vísceras, a lágrima escorre, mas não tem um colo. Eu só queria e como queria.... minha boca só sabe desejar, o desejo é o beijo, o desejo é a pele, tato no tato. Mas e se o fogo anda congelado de convicções? quem fez isso? quem mandou? dia - a - dia, sim foi o dia, o tempo, que não para de correr, e numa maratona ganhou medalha de ouro.
Não quero me acostumar com o meu mundo, o seu. Quero viver cada dia e que passe len-ta-men-te. Quero degustar esse gosto que é só seu, gosto dos dias, gosto nosso, de história bonita de contar.
Vamos brincar de amor? Como é bom brincar de ser feliz. Preciso tanto...
xú.aflordapele
domingo, dezembro 21, 2008
segunda-feira, outubro 13, 2008
quinta-feira, agosto 28, 2008
o dia em que meus pais sairam de férias
Tem dias que o blog fica com multicores piscantes...ESCREVA!
Dia euxaustivo de tudo, bat macumba. Primeiro acordar ultra atrasada e ter que ir pra faculdade parecendo a Betânia, chegar e minha apresentação ficou pra amanhã, justo no dia que chego, aposto que pra esse amanhã não chegarei a tempo.
Passes-fantasmas, é praticamente impossível num país tão burocratico arrumar singelos passes estudantis...Tarefa ardua minha de quse uma semana.
Computadores pifantes, o meu diga-se de passagem adora dar um piti, uma crise existencial, e eu sofro do vício, realmente sofro.
Tarefas mirabolantes vespertinas, dificilimas, inatingíveis. Uma imensa vontade de tele-transporte. Tpm! Mimo... e um mundo desabando.
Bati asas para o céu, era muito, nessa hora fui livre de pequenas coisas, mutações íntimas, percepção. Uma ansiedade de si, de seus, mas é preciso se libertar do apego. Às vezes não caibo na moldura, é preciso transbordar, ir além, machuca mas é preciso doer. Enfim percebo coisas antes imperceptíveis.
É dificil saber que agora só existe eu no meu mundo, ninguém mais vai fazer minhas vontades, e se não der certo só cabe a mim, é solitário, dolorido, mas essêncial para crescer, ser livre, realmente. Tem dias que a gente só quer dormir...o dia insiste em amanhecer, e o que vale é o que fica e não se perde, agora é parte de você. Que venham as manhãs! Amanhã vai ser outro dia!
.
Há muitas coisas que parecem pesadas ao espírito, ao espírito robusto e paciente, e todo imbuído de respeito; a sua força reclama fardos pesados, os mais pesados que existam no mundo. (NIETZSCHE)
domingo, julho 06, 2008
tensão pós moderna
É preciso ter o caos dentro de si mesmo para dar a luz uma estrela cintilante. (niettzche)
e então, hoje é um dia azul-cinza, que você acorda com vontade de dormir, é um querer permanente, é um querer alguma coisa, é o caos interno, é o ciclo lunar tão rotineiro e a conclusão de uma natureza imensamente selvagem.
Por dentro acontecem milhões de reações químicas de sentimentos e decepções, uma erupção embaraçada de dúvidas clamando por verdades, vácuos clamando por carinho, dentro dói uma dor vã, não tem muita importância, mas está lá.
É um querer afirmar as coisas que já foram afirmadas. É um querer ser saciada, tomada por inteiro, e se não me vê? é aquele vazio, é um se sentir triste, é um se sentir pequeno, é se sentir meio errado. Mas é só desespero pra sentir e re-sentir, para ter poder.
E fica um "por quê?" que não quer calar, por que sou tão apegada? Por quê não vem? Tudo tem um porque afinal, mas e se ele não aparece... difícil não matutar. E se eu sou o exagero em pessoa, chego a conclusão que é pura explosão de mim, só porque quero ter, quero possuir, quero entender tudo, tolice!
E a toda hora o querer insaciável, é uma falta, é uma falta de algo vital, é uma vontade de calor, é uma vontade de sentimento, primeira vez, é uma vontade de ter como se fosse a primeira vez, de amar como na primeira vez, de viver como a única vez. É uma vontade repentina de afirmação do amor, da reciprocidade, aqui dentro alguma coisa grita. É a vontade de deitar no colo e chorar, é a vontade de ser confortado, é a vontade de amar sem limites, é a vontade de gritar. É a vontade que me corrói a alma, e quanto mais eu tenho, mais eu quero... É um sentimento de urgência e consome...
e então, hoje é um dia azul-cinza, que você acorda com vontade de dormir, é um querer permanente, é um querer alguma coisa, é o caos interno, é o ciclo lunar tão rotineiro e a conclusão de uma natureza imensamente selvagem.
Por dentro acontecem milhões de reações químicas de sentimentos e decepções, uma erupção embaraçada de dúvidas clamando por verdades, vácuos clamando por carinho, dentro dói uma dor vã, não tem muita importância, mas está lá.
É um querer afirmar as coisas que já foram afirmadas. É um querer ser saciada, tomada por inteiro, e se não me vê? é aquele vazio, é um se sentir triste, é um se sentir pequeno, é se sentir meio errado. Mas é só desespero pra sentir e re-sentir, para ter poder.
E fica um "por quê?" que não quer calar, por que sou tão apegada? Por quê não vem? Tudo tem um porque afinal, mas e se ele não aparece... difícil não matutar. E se eu sou o exagero em pessoa, chego a conclusão que é pura explosão de mim, só porque quero ter, quero possuir, quero entender tudo, tolice!
E a toda hora o querer insaciável, é uma falta, é uma falta de algo vital, é uma vontade de calor, é uma vontade de sentimento, primeira vez, é uma vontade de ter como se fosse a primeira vez, de amar como na primeira vez, de viver como a única vez. É uma vontade repentina de afirmação do amor, da reciprocidade, aqui dentro alguma coisa grita. É a vontade de deitar no colo e chorar, é a vontade de ser confortado, é a vontade de amar sem limites, é a vontade de gritar. É a vontade que me corrói a alma, e quanto mais eu tenho, mais eu quero... É um sentimento de urgência e consome...
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