O tempo, em segundos ritmados, abre caminho para o infinito, o qual trilho numa leveza quase que flutuante, pulsando numa dança qualquer, química, entrelaçando o calor e a serenidade, o momento e a eternidade, conduzindo-me pelos caminhos sinuosos do infinito...
Depois de me apoderar do caos, bailando nos segundos perdidos, inexatos, tomada pelo impulso inconsequente, pude entender a melodia, minha. Depois de transbordar em tempestades, ventanias soltas, a calmaria revela o sentido sincero e o querer explícito. Não tenho medo de choques, porque é deles que surgem os astros luminosos, porém não esquecerei meu eu demasiado humano, vaidoso, errante, repleto de adornos que escondam suas falhas.
Sou de uma audácia sem pudor, uma menina desaforada de impulsos cortantes. Sei lá quem sou, mais um mal, mais uma pecadora, prefiro ser. Insensatez, confronto de pensamentos, infinita no mundo, como tu, Flor da qual o aroma tenho memorizado, me inspirando, me levando a caminhos do sentir, sem sentido, do querer...sei lá o que...
Mulher, arisca, sussurrando em meu ouvido suas deixas, de linhas sinuosas, bifurcadas, emaranhado que me inspira, que não quero entender, eu posso sentir ao palpar suas palavras de cheiro doce, na sinestesia dos sentidos, doce como tu, Flor, fogo e sensualidade que encanta, Bela, faz das tuas letras melodia incomum, o conjunto de minúcias incomodas, explícitas.
A vida enche de furacões nossos doces devaneios, voluptuosos desejos, e tu sabes como ninguém excede-los sem limite no teu eterno propagar...Meus olhos úmidos ao ler-te denunciam o brilho, teu. Me tocas como ninguém, me fodes, em êfemeras sensações, tangendo lentamente até o momento que me entrego, por completo, me perco em ti. Sinto cheiro de Flor, bela, inconfundivel, de seus verbos, adornos para seus verso,s me tornando tua, me inspirando...
Mulher-furacão de olhar intenso deixando teus rastros de vida entranhados em mim, pulsando, devorando-me como ninguém para meu contentamento.
"Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte,
estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"
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segunda-feira, janeiro 11, 2010
sexta-feira, setembro 25, 2009
Minha culpa
Sei lá! Sei lá! Eu Sei lá’ bem
Quem sou? Um fogo-fatuo, uma miragem…
Sou um reflexo… um canto de paisagem
Ou apenas cenario! Um vaivem
Como a sorte: hoje aqui, depois alem!
Sei la’ quem sou? Sei la’! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei la’ quem!…
Sou um verme que um dia quis ser astro…
Uma estatua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor…
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador…
Quem sou? Um fogo-fatuo, uma miragem…
Sou um reflexo… um canto de paisagem
Ou apenas cenario! Um vaivem
Como a sorte: hoje aqui, depois alem!
Sei la’ quem sou? Sei la’! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei la’ quem!…
Sou um verme que um dia quis ser astro…
Uma estatua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor…
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador…
quinta-feira, junho 11, 2009
Meu Soneto
Em atitudes e em ritmos fleugmáticos
Erguendo as mãos em gestos recolhidos
Todos brocados fúlgidos, hieráticos
Em ti andam bailando os meus sentidos…
E os meus olhos serenos,
enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos
Dolorosos, tristíssimos, extáticos
São letras de poemas nunca lidos…
As magnólias abertas dos meus
dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros…
E a minha boca, a rútila
manhã
Na Via Láctea, lírica, pagã
A rir desfolha as pétalas dos astros!…
Soneto de Florbela
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