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quinta-feira, abril 22, 2010

O gosto do vivo

Ao levantar diante de mim o céu azul com aqueles pequenos pedaços de algodão, o sol reluzindo e compondo as cores desse lado de cá. Seria um dia lindo, se não fosse...
Espremo os olhos em choque e ponho os rotineiros óculos escuros. As milhares de sinapses concluem o tom áspero do novo dia, cólera em mim.
Levei a boca chocolate com o intuito de amenizar tal sensação, as respostas foram nulas. O vício e a vontade de fumar me rodiavam, mas parei para minha infelicidade. Depois de doses quentes concluo que o que me resta é proclamar merda ao mundo para amenizar esse silêncio íntimo. É uma necessidade de palavras, versos ou o que for para instigar esse corpo cansado, mas não há ninguém e  recusei todos os poetas e livros da minha estante. Quando saio de casa, sigo meu solitário caminho, os olhares esporram o prazer nunca atingido, olhares que me perseguem.
Manhãs lascivas, o que faria eu sem elas? Nessa solidão repleta de multidões, conversas, olhares, sentimentos...
A ácidez da manhã paira...escrever palavras desconexas para em nenhum lugar chegar...Sempre essas conquistas de nada ecoando na minha massa encefalica, por isso coloco-as aqui para que talvez  nesse mundo incógnito de verdades vãs tenham alguma utilidade.
Na língua de loucos médicos de pilulas mágicas convertidas em receitas para salvar dias infelizes, e alcançar a sonhada normalidade, meras maquiagens impostas, seria eu bipolar (??) Se não me agrada....porque teria de fingir que? Prefiro ter o gosto de chorar.
ME CALAR!? ora já se viu! NUNCA! E essa cura que me ronda, para livrar-me dos dias infelizes, das imprevisibilidades....
Nessa manhã chamada noite antecedida pelo crepúsculo e suas cores aqui estou, querendo fugir para noites remotas de exageros, pensamentos, luar, vertigens, sonhos...para acordar novamente com o céu azul-cinza e esperar anciosamente o pôr-do-sol, o dia se desfazendo em doses de melodia doce e ligeira ou em delirios sem cura.
Felizes são aqueles que entram em colisão com o próprio corpo, que dão voz ao corpo, e vão indo, esvaindo....

quarta-feira, setembro 30, 2009

Guess i'm some kind of freak, cause they all sit and stay with their eyes.

...e desde sempre fomos reprimidos, enquadrados e rotulados para seguirmos como robozinhos do sistema, da manipulação em massa. Nos orgulhamos de uma pseudo-liberdade, que é podada, dosada. E quando seres audazes decidem quebrar tabús é claro que são apontados, julgados, rotulados. É a questão de me olharem estáticos, paralisados como se fosse algo de outro mundo! é, talvez seja! Eu sei que minha liberdade espanta e incomoda muita gente, mas dá pra disfarçar? É tudo uma questão de educação, respeito e liberdade - essa não é um luxo para todos, tem de ter um recheio qualquer, entende? uma pitada de devaneio, de paixão, deixar brotar as sensações a flor da pele...
É nítido como o diferente assusta, a coragem, o que vejo nos olhares abismados é um mix de inveja, admiração e espanto! Mas o que posso fazer? se desde que a primeira molécula de oxigêneo entrou no meu corpo provocando reações químicas desenfreadas eu sou livre! nesse corpo onde habita um ser inusitado, um tanto estranho, mas que tem um eu - íntimo e voraz! assumo a responsabilidade de ser e ter um eu, que corre entre as veias junto com esse vinho quente de sensações, me sobe a cabeça, espessa...e sem a menor cerimônia pula corpo a fora.
Não, não vou me vender! propagarei meus ideais até o fim e não me renderei! Nem pro capitalismo, pra fama, tribos, falso moralismo ou convenções...
Continuarei a ser desta natureza insólita, sem rótulo, única e anárquica. Sou isso! completamente fora do comum, de próprias verdades e intensa audácia, já essa não sei se encontra-se no olhar ou na ponta do meu nariz.
Não vou cansar de me admirar com certos comportamentos inúteis, banais, robóticos e um tanto hipócritas... a única coisa que precisamos para nos tornarmos filosofos é a capacidade de nos admirarmos.


be! whatever you want...