sábado, março 20, 2010

heartache

quarta-feira, março 03, 2010

Bittersweet [2]

De tudo isso o que ficou foram lágrimas, que escorreram densas, deixando seu rastro salgado e raçoso.
De todas as palavras repetitivas, que dissiparam-se uma a uma,  o que restou foram alguns cacos espalhados pelo chão, fitando-me, já quase sem vida.
Todas as verdades, íntimas, que me afrontam por tamanha insensatez,  me irritam só em pronunciar.
A raiva foi o prelúdio da desventura do estar. Nesse encontro de nós dois, único, que dispensa descrições e firulas, nos revela a natureza sólida de cada um, escorrendo líquida em palavras rudes boca a fora num tom intenso e fatal, de êfemeras verdades, sim aquelas completamente sem sentido para os outros.
Até quando aguentaremos o peso de tortuosas palavras que dilaceram e abrem feridas que sabemos que nunca fecharão? Como aquelas persistentes, rotineiras, que me acompanham pra onde quer que eu vá, que eu olhe.
Continuará a apontar erros, defeitos cortantes, com tal olhar sádico. E depois de negar todos os toques irá dormir com o peso jogado todo, no outro, seguido pelo silêncio e todos meus ensaios sobre tal que reduzem-se a meus papéizinhos aqui descritos, calam por dizer...o silêncio dói intimamente.
Tudo isso escolhido minuciosamente após a síntese de repúdio inflamado em nosso corpos feridos. O passado pesa, o futuro já não sei se basta. O caminho trilhado conduziu-me ao erro das escolhas indevidas, das permissões não sugeridas, adquiridas e das palavras imutáveis, profundas.
A vontade tange o sexo levando a desejos crônicos e incuráveis que conduzem meus passos nessa corda bamba aonde seguirei de olhos vendados guiada pelos ventos do oeste que embarassam meu cabelo, assim como esse músculo cardíaco involuntário.
Os poemas cospem o tamanho da minha estupidez, na qual insisto, explicam por desexplicar.
A melodia do instante resume toda essa merda, insistente que denominamos monogâmia, desconhecidos íntimos, refletidos em si mesmo, tentando a todo custo não reconhecer, para tentar mais uma vez recomeçar pela milésima vez.






'É com tal coragem que você me repudia?'