quarta-feira, setembro 30, 2009

Guess i'm some kind of freak, cause they all sit and stay with their eyes.

...e desde sempre fomos reprimidos, enquadrados e rotulados para seguirmos como robozinhos do sistema, da manipulação em massa. Nos orgulhamos de uma pseudo-liberdade, que é podada, dosada. E quando seres audazes decidem quebrar tabús é claro que são apontados, julgados, rotulados. É a questão de me olharem estáticos, paralisados como se fosse algo de outro mundo! é, talvez seja! Eu sei que minha liberdade espanta e incomoda muita gente, mas dá pra disfarçar? É tudo uma questão de educação, respeito e liberdade - essa não é um luxo para todos, tem de ter um recheio qualquer, entende? uma pitada de devaneio, de paixão, deixar brotar as sensações a flor da pele...
É nítido como o diferente assusta, a coragem, o que vejo nos olhares abismados é um mix de inveja, admiração e espanto! Mas o que posso fazer? se desde que a primeira molécula de oxigêneo entrou no meu corpo provocando reações químicas desenfreadas eu sou livre! nesse corpo onde habita um ser inusitado, um tanto estranho, mas que tem um eu - íntimo e voraz! assumo a responsabilidade de ser e ter um eu, que corre entre as veias junto com esse vinho quente de sensações, me sobe a cabeça, espessa...e sem a menor cerimônia pula corpo a fora.
Não, não vou me vender! propagarei meus ideais até o fim e não me renderei! Nem pro capitalismo, pra fama, tribos, falso moralismo ou convenções...
Continuarei a ser desta natureza insólita, sem rótulo, única e anárquica. Sou isso! completamente fora do comum, de próprias verdades e intensa audácia, já essa não sei se encontra-se no olhar ou na ponta do meu nariz.
Não vou cansar de me admirar com certos comportamentos inúteis, banais, robóticos e um tanto hipócritas... a única coisa que precisamos para nos tornarmos filosofos é a capacidade de nos admirarmos.


be! whatever you want...

sexta-feira, setembro 25, 2009

Minha culpa

Sei lá! Sei lá! Eu Sei lá’ bem
Quem sou? Um fogo-fatuo, uma miragem…
Sou um reflexo… um canto de paisagem
Ou apenas cenario! Um vaivem
Como a sorte: hoje aqui, depois alem!
Sei la’ quem sou? Sei la’! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei la’ quem!…
Sou um verme que um dia quis ser astro…
Uma estatua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor…
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador…

terça-feira, setembro 22, 2009

Libertate!


Fica decretado que nos entreguemos as volúpias, desejos e vontades sem mais demora!
E no meu mundo temos direito a liberdade, essa de uma audácia que nos faz ser e fazer aquilo que desejamos: o que a pele pede, que arde, que sacia, que nos baste!
Sem mais tabús, pudores, julgamentos ou divagações! Que nos libertemos de tudo que é vão!
Que nos entreguemos ao gosto de tudo aquilo que é! de verdade....
Pela liberdade da entrega!
do gozo,
pelo intenso deleite, de doce paladar,
livre em flertes num sussurro.
Pela liberdade de
ser, ter e amar.


De tudo isso que acredito, quero, desejo e amo...



Befree!

quarta-feira, setembro 16, 2009

Je t'aime

Foi por todas as menobras sinuosas e entorpecentes do destino que se cruzaram novamente. Não era apenas uma troca, tinha algo de intenso, de devaneio, um toque do proibido, uma vontade encarnada. Era aquele gosto diferente que a muito tempo já sentira, aquele gosto doce do desejo, escondido...
Já se conheciam, aquele brilho no olhar...conhecia de outros carnavais, não muito longe apenas o suficiente para não se esquecer........
Logo o corpo rendeu-se as volúpias que pulsavam, em sinápses nervosas ou nesse vinho quente que o percorre por inteiro, lá onde não se tem explicações, apenas se é, se sente.
O toque tornou-se inevitável, a boca era saliva em desejos crônicos, os olhos tímidos tentavam desviar daquele percursso inevitável que em melodia a levavam ao seu encontro. O pecado, esse encarnado desde muito tempo não livrou a cara, consumando aquilo que o universo conspirava e o corpo denunciava.
E logo a embreaguês carregada de liberdade levou ao toque, aquele inevitável. A boca encontra a outra, a mão se rende ao seio e todas as sensações antes esquecidas porém eternamente doces invadem os sentidos, levando-os ao êxtase.
Ela gostava de chocolate, ele de sorvete, Ela gostava da lua, ele gostava do Sol, logo perceberam o quanto eram interessantes um ao outro e que eram o encaixe perfeito.
Em algumas noites ela se perguntava porque demorou tanto pra conhecê-lo assim como ele é, por não se permitir sentir...Quanto tempo demorou...
Até aquele dia, de luar, de eclipse, em que se encaixaram enfim naquele beijo doce e um tanto audaz. E foi aí que as noites se estenderam mais do que deveriam, de vinho ou poesia, noites de desejos carnais, noites de risadas, de deitar junto, de estrelas cadentes, de falar besteiras, de apenas olhar e ver aquele brilho escondido nos olhos, de preencher-se de uma forma ou de outra, de olhar estática o sorriso dele, de cumplicidade, de se descobrir apaixonada, dando flores e frutos - amor, daqueles com cheiro e gosto bom...de história...de se bastarem apenas, no silêncio do depois.
O começo foi tudo aquilo, ambos tinham segredos, mas no calor de dois todos eram revelados e dissipavam-se um a um, foi no dia que aprenderam a ler os sentimentos no olhar e saber exatamente tudo aquilo que queriam dizer sem que fosse dita uma só palavra. Aprenderam a se importar, e a querer arduamente aquele sorriso que só é possível na troca.
Aquilo que carregavam até aquele instante sumiu, todas as lágrimas, todo o futuro,aquele que foi reconstruído dia a dia, len-ta-men-te, para que os dois fossem envolvidos por um só caminho, por onde trilhariam.
Naquele fim de tarde, banhada a ventos de verão em meados de fevereiro fizeram um pacto. Depois de lágrimas vespertinas, de segredos, de descoberta, de declarações... só depois de compartilhar suas dores e alegrias é que se tornariam cumplices, eternos, o que setiam se fortaleceria e se tornaria algo maior...para hoje, amanhã e sempre...E todo 'o antes' seria deixado para não existir mais!
Deitaram, se abraçaram e o calor do corpo revelou tudo aquilo que queriam dizer, num 'pacto secreto'- o qual seguiriam vendados sobre a corda bamba porém sempre em frente e sem medo do que estaria por vir...
De todas as arapucas do destino e de toda aquele gente que não gosta, não quer ver sorrir, nem entende a noite e suas incógnitas muito menos que os sentidos são repletos de surpresas o que sobreviveu foi a intensidade daquilo sentiam.
É difícil gostar de alguém, ela gosta.
E quando ele a pegou nos braços daquele jeito que só ele sabe, no calor de um segundo e sussurrou no ouvido dela - 'eu te amo' ela acreditou e continua...Será que basta? Pra ela basta!

sexta-feira, setembro 11, 2009

(!)

..a pele pede, o tato sente, toque...














...eu quero é sentir, essa tal intensidade latente do ser, cada desejo mais e mais...

quinta-feira, setembro 03, 2009

(L)


'Namorinho de portão, biscoito, café
Meu priminho, meu irmão...Conheço essa onda
Vou saltar da canoa, já vi, já sei
Que a maré não é boa
É filme censurado
E quarteirão
Não vai ter outra distração.
Bom rapaz, direitinho Desse jeito não tem mais!
O papai, com cuidado já quer saber sobre o meu ordenado
Já pensa no futuro e eu que ando tão duro
Não dou pra trás, entro de dólar e tudo
Pra ele o mundo anda muito mal,
Lá vem conselho e coisa e tal.
Bom rapaz, direitinho, etc. etc.
Eu agüento calado
Sapato, chapéu,
O seu papo furado,
Paris, lua de mel,
A vovó no tricô, chacrinha, novela,
O blusão do vovô,Aquele tempo bom que já passou
E eu, de "é", de "sim", de "foi". '