sábado, julho 19, 2008

não se afobe não, que nada é pra já...

Vocês sentem a lua? Sabe... eu tenho uma relação verdadeira com a lua cheia, uma relação viva, em noites de luar há intensificação, interna, externa, voraz, todas minhas virtudes e vícios aparecem e desaparecem num piscar de olhos, um gosto de arte me rodeia, de vida, uma revolta pelo errado, a vontade de gritar ao mundo belas verdades, revolucionar e revolucionar-se, mudar, causar, colocar pra fora o que vem do peito...o depois é como uma ressaca, por não (se) entender ou querer se entender demais, por se entregar completamente, meio perdida-meio achada (eu até encontro amontoados de sentimentos, mas me perco no meio neles, não sei o que fazer com algumas informações, ou sei não sabendo).
E como uma coisa leva a outra, quando vícios meus são exaltados vem a necessidade de cura(como aprendo comigo mesma, incrível), necessidade de largar vícios... é uma tarefa excitante, te faz sentir vivo, mas é inexplicavelmente difícil. Você sabe o que te faz mal, mas é um maldito vício!!!! É uma explosão repentina, intensa e efêmera. não faz parte de mim, eu diria que tenho coragem de tê-la. "it´s a funcking viciousness". é o meu exagero, o meu mais, o meu demais, é meu, mas tem de ser personificado, aperfeiçoado. É suficientemente importante para crescer e perigoso para autos-des-conhecimentos, infantilidades.
São mimos, maus hábitos clamando por evolução. Não posso simplesmente cortá-los, tenho que trabalhar com eles, moldá-los de vez em vez, ser firme, transcender. "nunca se sabe qual é o defeito que sustenta um edifício inteiro".
É preciso manter o coração tranquilo, mente quieta, espinha ereta, é preciso calma, (tarefa vital, mais que isso uma auto-aprovação), quando não, esqueço do mundo por segundos...meu cérebro entra no liquidificador, (des)controle, e como odeio isso. Tem a questão da minha intensidade infreavel, eu presa dentro de mim, querendo me sentir livre e no controle do que sinto, mas inevitável não seguir meus instintos. E os sinais da lua à flor da pele, mutante, intensa, bagunça tudo profundamente, inunda, intensifica o in-intensificavél, transborda, explode.
Aprender a aprender é muito importante, sábio é aquele que sabe que nada sabe (poético no mínimo), aprender sobre si mesmo é mais do que importante, é inevitável, aprender a aceitar, a esperar, a entender, entender que nem tudo é como queremos que seja, a ter calma, a ouvir, ser justo, a evoluir, aprender que nem sempre você está certo e algumas vezes terá de aprender, para ser. Tantas coisas pra aprender, é difícil se tornar quem se quer ser, é demorado e o tempo é curto.
E até eu, logo eu, o exagero encarnado tenho que me limitar, aprendo com isso, mesmo querendo explodir, dormir no horizonte, no luar que nesse momento belisco da minha janela, quero transbordar sentimentos, EXAGERAR, gritar, exteriorizar, tocar viola na praça, embreagar-me de virtudes, vinho ou poesia, mas mesmo não cabendo em minhas bordas tentarei não avançar o limite doutro, superarei minhas infantilidades, vazios, por respeito, não tocarei mais em feridas e nem chamarei por escuridões. Paciência é um dom artístico.

ame tuas virtudes porque por elas morrerás!

Um comentário:

I ain't your crybaby disse...

temos muito pra dizer
e muito pra se limitar
porque agente sabe que somos uma doçura de loucura
e que poucos entendem oque é ser...

é dificil nao assustar os outros quando tudo parece bobagem,,

gostei do texto e o exagero em pessoa é oque está encarnado em todos nós.. agente precisa de sanque quente na cabeça
:***