segunda-feira, janeiro 11, 2010

Para: Flor, bela

 O tempo, em segundos ritmados, abre caminho para o infinito, o qual trilho numa leveza quase que flutuante, pulsando numa dança qualquer, química, entrelaçando o calor e a serenidade, o momento e a eternidade, conduzindo-me pelos caminhos sinuosos do infinito...
Depois de me apoderar do caos, bailando nos segundos perdidos, inexatos, tomada pelo impulso inconsequente, pude entender a melodia, minha. Depois de transbordar em tempestades, ventanias soltas, a calmaria revela o sentido sincero e o querer explícito. Não tenho medo de choques, porque é deles que surgem os astros luminosos, porém não esquecerei meu eu demasiado humano, vaidoso, errante, repleto de adornos que escondam suas falhas.
Sou de uma audácia sem pudor, uma menina desaforada de impulsos cortantes. Sei lá quem sou, mais um mal, mais uma pecadora, prefiro ser. Insensatez, confronto de pensamentos, infinita no mundo, como tu, Flor da qual o aroma tenho memorizado, me inspirando, me levando a caminhos do sentir, sem sentido, do querer...sei lá o que...
Mulher, arisca, sussurrando em meu ouvido suas deixas, de linhas sinuosas, bifurcadas, emaranhado que me inspira, que não quero entender, eu posso sentir ao palpar suas palavras de cheiro doce, na sinestesia dos sentidos, doce como tu, Flor, fogo e sensualidade que encanta, Bela, faz das tuas letras melodia incomum, o conjunto de minúcias incomodas, explícitas.
A vida enche de furacões nossos doces devaneios, voluptuosos desejos, e tu sabes como ninguém excede-los sem limite no teu eterno propagar...Meus olhos úmidos ao ler-te denunciam o brilho, teu. Me tocas como ninguém, me fodes, em êfemeras sensações, tangendo lentamente até o momento que me entrego, por completo, me perco em ti. Sinto cheiro de Flor, bela, inconfundivel, de seus verbos, adornos para seus verso,s me tornando tua, me inspirando...
Mulher-furacão de olhar intenso deixando teus rastros de vida entranhados em mim, pulsando, devorando-me como ninguém para meu contentamento.



"Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte,
estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"

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