terça-feira, outubro 21, 2008

nothing to lose

O nada multiplica-se, aquele nada, vazio, vão. Se espreme o cérebro, não sai nada, nada é nada e normalmente é tudo, esse tudo que é um oco nada, que dá nó no cérebro... indescritível. Desvendando-se a incógnita do nada, que na verdade já é alguma coisa. Só preciso de um mísero sopro. Preocupa-se demais que esvazia ou de menos? Será que de tanto virou nada? Ou será que é o nada que parece tanto?
Queria ao menos uma pequena palavra, única, que faria meioses e mais meioses. Única mas gerando palavras iguais porém de diferentes dnas, que procriariam, floresceriam, ligando-se como uma longa fita de cromossomos, como células unidas para desempenhar uma função, gerando uma evolução, de pensamentos. É o mistério da vida, iguais porém únicas.
Como numa mágica natural o íntimo sai para o mundo, pula boca fora (ou dedo a fora) e não pede licença, o dom de dizer, que alivia a dor, que dá a sensação inatingível de satisfação, desabafo, esvaziar-se do nada, que sensação! que "do nada" vira tudo aquilo, tem de ser dito, mas para quem? para mim, só, será que basta? sim. Será vão? não.
A inspiração depende de que? de nada.



Nem tudo é dito, porque o tudo é um oco nada!

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