segunda-feira, novembro 22, 2010

Quanto vale a liberdade?

Minhas escritas de natureza insólita infelizmente não me cabem para ganhar dinheiro, por isso a ausência, por isso a luta. Perdi tantos momentos, tantas palavras, que voaram pela janela, por ter que.
Mas aí o hoje, sujo, cheio de cólera. Acordei carregada de frutos podres, o mundo vomitando suas verdades na minha cara, a solidão de ser, que me acompanha, porque ninguém É, o meu eu. Sofro num paraíso íntimo, de complexidade, singularidade. O mundo se desfaz, para Recomeçar.
E ainda por cima essa maldita sombra do capital a me sombrar, daquilo que terei de vestir, da fantasia lúdica, que queimará minhas horas... Lá está o capital prestes a substituir minhas poesias.
Mas no meu caminha habita um eu que nada tem haver com isso, uma versatilidade misturada com solidão, mudanças a todo tempo, desses personagens que habitam meu corpo, onde alguns ainda não foram interpretados. Devaneios não analisados, afetividade que terei que dar para mais uma vez me decepcionar, num ciclo vicioso infeliz repleto de cicatrizes, estou sem crédito para doçuras, meus pensamentos estão negativos, fadigados, de tanto...
Meu nome, não é de hoje, julgado, preso e torturado em praça pública. Risadas gélidas, juízes de porra nenhuma, da vida alheia, a me rondar com olhos esbugalhados, que sejam e continuem anônimos em mim.
Meu eu sofre de grave mal, nesse mundo podre, sofro de Liberdade crônica!

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