quarta-feira, outubro 28, 2009

mais um capricho infantil do desejo intrínseco

Disse-me certa vez tal putrefata língua que escrevo apenas para definir-me...que seja então!
Se não o fizer quem fará? Que respota darei a esse ego denso que clama por respostas nulas. Somente por algo que afague essas reticências catastróficas que ecoam infinitas: em um título indizível, num maldito parágrafo incompleto, sem nexo.
O eu pulsa nesse lugar de ninguém por respostas minhas, que me deêm o luxo de entender pelo menos um pouco dos porques da cólera, do caos, desse rotineiro pulsar que não me livra a cara.
...e o que sou se não essa criança, esse autismo que criei sempre iniciado por reticências. Eu quero é isso reticências gritantes!!
Nesse meu devaneio singular, perplexo, livre de qualquer molde, expressado por linhas faciais, imagens, sombreamentos e espessas ilusões, estupidamente consistentes, sou propagando-me no infinito em porções imaginárias, onde não existe o limite do 'possível'.
Se ouvir o eu saberá que a razão é falha e o pensamento trilha por joguetes sem sentido, perpetuando-se no impossível. O eu anda a sussurrar, a transbordar pelos poros, a pedir, mas os adultos orgulhosos não se permitem escutar. Não martirize meu capricho infantil de um intenso desejo intrínseco.
O que sinto permanece como um embaraço entranhado de longínquas descobertas, tortuosas imcompreenssões e desespero vulgar...o sexo dando contorno a essência, abstrata, de infelizes incógnitas...para propor....a cópula não convencional?
É somos nós crianças que fodemos com o mundo, enquanto os adultos soberbos, orgulhosos e destemperados preocupados pela dificuldade da própria auto-denominação, superação e surtos provocados pela falta de excessos procuram um buraco ou membro rijo para descarregar sua ordinária crueldade.
Sim, há em mim uma pitada qualquer de devaneio, mas não é assim que são os autistas, artistas, hipocrondríacos e as crianças? Por isso! Sou um pouco de tudo isso, então deixem-me brincar de eu em paz!

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