quarta-feira, julho 01, 2009

Tenho visto intelectuais demais

Olha,
Eu não sou daqueles chatos de galochas que só abrem a boca para soltar pérolas e pedras preciosas, também não espero que os outros o façam. Aliás eu acho isso um tanto chato, monótono. Eu sou a favor do dom, para abrir poros e não para posar de sabe-tudo.
Certas coisas me soam falsas: Livros decorados, frases prontas...para mostrar, aparecer, por status...E tem até figurino: Óculos emo, palavras categóricas, roupinha da moda, da tribo, ser cool, ser o bom da"galerinha", é a questão do status, "blaze", porque o bom é ser esnobe, ser o melhor, não se mistura, pra ficar por cima da carne seca, tsc! Bobagens de uma geração altamente individualista e competitiva. Deve ser por toda essa repressão, auto-repressão, aí alguns precisam se afirmar para ser. Precisam de aplausos... Seria mais fácil abrir esse encéfalo escamoso e mostrar logo tudo que tem dentro, cuspir na cara dos outros sem cerimônia, pra aparecer, mas pra quem? Sempre me pergunto pra quem querem aparecer? Pra si mesmo? É essa necessidade de afirmação das pessoas, precisam competir, tem de ser os melhores. Na era de quem é mais individualista, quem mais "aparece" nada disso me surpreende! E ainda me pergunto e a troca? contato? as pessoas nos acrescentam...não? principalmente aquelas que nos contrariam, faz a gente pensar! Mas já fazem cara carrancuda se achando donos da verdade e muito para dar ouvidos a pinião alheia. É verdade que a verdade é aquilo que acreditamos, mas ditadura não dá. Tira o cabreto que você ganhou de natal! Então mais uma vez voltamos a era pré-histórica. E a moda, sempre mudando, e a os tolos a seguem, na espreita para saber da nova tendência.
Já eu sou a favor do mistério, afinal de contas por que todo mundo tem que saber sobre as coisas que gosto? o que leio? o que escuto? o que faço? Minha presença continua a ser um tanto marcante, não preciso que batam palmas. Talvez seja o tal mistério..o humor, é esse não pode faltar. Pra que me publicar, já me basta aqui, essa masturbação on-line! Mas eu sei que você aí leitor imaginário não existe. É isso me dá uma certa liberdade. E acima de tudo sou a favor do contato, da troca, mas com quem tem verdadeiramente algo a acrescentar.
Voltando ao assunto...Agora posar de enciclopédia nunca foi da minha índole... Enfim, acho válido expor, compartilhar idéias ainda mais se for pra abrir poros, trocas, fazer o meu papel naquilo que acho que é propagação de idéias. Mas com quem realmente vale a pena, não vou dar murro em ponta de faca, quem não me propõe toca justa que fique com sua "oquidão". Mas tem gente que exagera e leva isso muito a sério. E ainda exigem que você TEM que, Tenho que saber concordâncias mís. Pro espaço! Novas regras da língua mutantes, a toda hora, parece até implicância, não que não seja válida, é sim, mas eu acho que ninguém tem a obrigação de saber tudo! Ainda mais de uma língua tão vasta. Se eu ao menos tivesse querendo passar no vestibular...É! Decorar todas as palavras no dicionário não resolve nada. É importante ter jogo de cintura, saber se expressar bem, deixar transparecer, fazer o melhor que você pode. O resto é resto! Minuciosos acentos muito bem colocados, pontuados, na minha opinião de nada vale se não houver conteúdo. Ora, me poupe! Minha língua é de flexões e antes de mais tati-bitati, sou antes de tudo isso a favor da criação e da liberdade. Que ser muito bem pontuado de nada vale se você não cria, não inventa, tem de ter um pouco de devaneio nisso tudo...Talvez eu seja poeta demais para compactuar com essa racionalidade muitas vezes estúpida e desnecessária. Afinal de contas sou amadora e não profissional, nesse caso, faço arte, a qual não tem regras, sou d eum dadaísmo próprio, não é questão de niilismo não, é entrar em contato, é beleza bruta, quente, falo com sentimento, não com frieza. Sou libertária.
Hoje em dia todo mundo quer ser melhor em algo, nem que seja o melhor plantador de batatas! Se expor aos porcos, por aplausos, status ou o que for não é do meu feitio. Pérolas e mais pérolas...aos porcos, vãs. Não me bastam, em tudo nessa vida a de ter um quê de arte, que é aonde não há regras, é liberdade, de expressão, de criação!

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