quarta-feira, janeiro 07, 2009

tempo, mano velho...

O tempo escorre entre os dedos, abstrato
o figurativo do indenominável.
O futuro é cheio de incógnitas,
para seguir em frente precisamos decifrá-las,
no caminho o gosto é de vida.
Carregado de mim ando,
o caminho embarga-me as passadas,
vou ao fundo,
crescendo,
eu e minhas experiências,
ímpares,
deliciosas,
dolorosas,
vou me tornando eu, mas não sempre o mesmo, não!
Meu eu pulsa, completando os espaços.
O eu de erros, virtudes, verdades, meu eu que questiona (?)
Os porquês que nunca vêm.
As explicações mesmo que concretas são vãs.
São íntimas, ditadoras, são mundos, porque o mundo é cada mundo.
Não se entende o que não se quer entender,
eu quero é não entender,
O tudo é oco em nada...
Para o espaço o sentido!
Que não é sentido.
Para o espaço o convencional!
Que não questiona,obedece, mudo.
Modelos, de índoles, ideologias, padrões...
Vamos desmodelar!
Passar por cima de quem sou queima as vísceras,dilacera!
É toda aquela velha história.
Minha!
Minhas histórias.
Conto pra mim e acredito,então conto pros outros,
descobertas, segredos gritados aos quatro ventos,
meu dom é acrescentar, mudar.
Acredite se quiser. Você acredita? Quem mandou acreditar?
Abra os olhos e os ouvidos, queira. Ou vá para o espaço também! Vá junto com o sentido! Qual a cor do cabresto que você ganhou de natal?!
Me convença. Aaah isso seria divertido, tente me persuadir!
Estou de poros abertos...


Compartilho aqui meus doces devaneios,
doce porque tem gosto de sonho.
Essa minha loucura que cura

tudo ou um tanto.
Esse meu eu vejo na água viva,
espelho,
que susto é se deparar com você.

Uma cópia de si, um plagio seu,
e a cada movimento o eu
que continua a ser eu,
é o mesmo eu,
a muito tempo,

com o tempo,
Que passa...
Mas o olhar ainda é o mesmo,
o meu olhar,
puro,
límpido
de quem quer engolir o mundo,

de quem sente saudade,
mas não sabe do que,

o
olhar
de

água
viva,
profundo.

O tempo escorre denso
....o olhar ainda é o mesmo...



Procuro no meu eterno procurar,
quando se acha muitas vezes não se sabe o que fazer com o que foi achado,
guardo no bolso!
Quero tudo de novo...
a dor do primeiro suspiro, quero sentir!!!!
Mas o tempo não volta, não pára,
os meus cacos lá no chão a me fitar os olhos,
com olhar sôfrego,
O tempo corre saltitando.
Te assusta?
Guarde os cacos no bolso, oras!
Me empurra, à frente, sem saber para onde vou,
caminho ao fundo ........só.......
na solidão de estar no meio dos outros.
É tarde,
é tarde até que arde!
Assim somos escravos...do tempo,
carrasco.
O ontem está morto, o hoje está sujo,
o tempo corre,
o mundo gira,
exaustivo,
andando em círculos até ficar tonto,
cair,
mesmo sem se sentir,
então se roda de novo.
mas não volta,
então,
PERMITA-SE!
.xú.
(foto banksy)

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